TERMALISMO E HIDROQUÍMICA COMO EVIDÊNCIAS DE LIMITE DE FLUXO REGIONAL NO SISTEMA AQÜÍFERO GUARANI NO SUL DO BRASIL
Resumo
Limites ao fluxo regional no Sistema Aqüífero Guarani (SAG), produzidos por dois lineamentos, denominados Rio das Antas (LRA) e Rio Forqueta (LRF), foram identificados no NE do Rio Grande do Sul, Brasil. Termometria e hidroquímica, foram diagnósticos para a caracterização das barreiras de fluxo. O bloco do SAG a NE dos lineamentos possui águas hiper a hipotermais (46,7ºC a 28,6ºC) e hidroquímica compatível com longo tempo de residência. Os blocos a sul do LRA e a oeste do LRF apresentam águas frias (19ºC a 21ºC) e hidroquímica relacionável ao aqüífero captado, respectivamente Botucatu e Passo das Tropas. A potenciometria não define as compartimentações produzidas pelos lineamentos. Ao sul do LRA, a distribuição de cargas hidráulicas do SAG sugere existência de fluxo divergente, direcionado aos vales dos Rios das Antas e Caí. A barreira de fluxo representada pelo LRA se deve ao escalonamento de blocos de aqüífero em zona de falhas, a hidroestratigrafia sendo constante; enquanto que aquela representada pelo LRF é devida à supressão da Formação Botucatu do registro estratigráfico, as Formações Serra Geral e Santa Maria estando em contato direto. Quando considerados os limites definidos pelos dois lineamentos propostos, são eliminadas as discrepâncias entre as cargas hidráulicas modeladas e observadas ao sul do vale do Rio das Antas.Palavras-chave: Sistema Aqüífero Guarani, termometria, hidroquímica, lineamento.