CONSIDERAÇÕES SOBRE OS AQÜÍFEROS DA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ, MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: EXPLOTAÇÃO, HIDROQUÍMICA E PERSPECTIVAS FUTURAS
Resumo
O presente trabalho representa uma contribuição ao estudo da geometria, características hidrodinâmicas e hidroquímicas dos aqüíferos formados pelos sedimentos arenosos costeiros da Cidade do Rio de Janeiro, tomando-se como caso de estudo o sistema lagunar e restingas que formam a Baixada de Jacarepaguá e a Barra da Tijuca. Quimicamente, na restinga arenosa que constitui a Barra da Tijuca ocorre um aqüifero mais superficial com águas de boa qualidade, porém com teores elevados de ferro, bastante vulneráveis à contaminação. Nas partes da Baixada mais próximas ao maciço montanhoso o padrão de sedimentação é mais complexo, com a ocorrência de materiais argilosos e orgânicos freqüentemente hipersalinos. Comparações de dados recentes de potenciometria e hidroquímicos com dados das décadas de 1960 e 70 indicam poucas variações químicas, mas a crescente urbanização e aumento da explotação fazem prever futuros problemas de salinização e contaminação daqueles aquíferos.