Prospecção Hidrogeológica Regional para Águas Minerais
Resumo
O estudo propõe um modelo para a prospecção hidrogeológica de água mineral em escala regional, voltada à seleção preliminar de áreas alvo para a implantação de projetos de águas minerais. Para isso, foram considerados como parâmetros prospectivos: capacidade específica; espessura do aquífero; grau de confinamento; recarga potencial; densidade de poços; caracterização econômica (renda e tamanho do mercado local); além da caracterização hidroquímica, incluindo parâmetros que indicam a sua mineralização (condutividade elétrica), qualidade (nitrato) e classificação quanto ao potencial mineral (fluoreto). Todas as informações dos parâmetros selecionados foram avaliadas individualmente por meio da construção de mapas temáticos e estatisticamente. A partir da ponderação desses parâmetros, foi desenvolvido um modelo metodológico de prospecção, que aponta, por meio do ranqueamento de áreas, os alvos a serem priorizados em uma campanha exploratória detalhada. Para validação, o modelo foi aplicado na área representada pelos municípios com afloramentos de rochas do Sistema Aquífero Guarani (SAG) no estado de São Paulo, resultando em um ranqueamento da potencialidade e favorabilidade mineral, a serem priorizados em uma campanha de pesquisa detalhada.
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO (ANM). Sumário Mineral 2018, Ano base 2017. 21/05/2020. Disponível em: http://www.anm.gov.br/. Acesso em: 04 jun. 2020.
BITYUKOVA L.; PETERSELL, V. – Chemical composition of bottled mineral waters in Estonia. Journal of Geochemical Exploration, 107, p. 238–244, 2010. https://doi.org/10.1016/j.gexplo.2010.07.006
BRASIL. Decreto-Lei nº 7.841, de 8 de agosto de 1945. Códi-go de Águas Minerais. In: BASTONE, P. e DUMONT. H. P. Legislação Mineral do Brasil, 1965. p. 107-122.
BRASIL. Decreto-lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967. Có-digo de Mineração. In: Código de Mineração e Legislação Correlata. Brasília: Departamento Nacional da Produção Mineral do Ministério de Minas e Energia, Ver., 1984. p. 22-54.
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO (ANM). Disponí-vel em: http://www.anm.gov.br/ Acesso em: 04 jun. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação nº 5 – Anexo XX, Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde. 2017.
BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada, RDC n° 274, de 22 de setembro de 2005 – Regulamento Técnico para Águas Envasadas e Gelo, 2005a.
BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada, RDC n° 275, de 22 de setembro de 2005 – Regulamento Técnico de Caracte-rísticas Microbiológicas para Água Mineral Natural e Água Natural, 2005b.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação nº 5 – Anexo XX, Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde, 2017.
BERTOLO, R. A., HIRATA R., FERNANDES A. – Hidrogeoquími-ca das águas minerais envasadas do Brasil. Revista ABAS, v. 37, n. 3, p. 515-529, 2007. https://doi.org/10.25249/0375-7536.2007373515529
BODIŠ, D.; KORDIK, J.; SLANINKA, I.; MALÍK, P.; LIŠČÁK, P.; PANÁK, D.; BOŽÍKOVÁ, J.; MARCIN, D. Mineral waters in Slo-vakia: evaluation of chemical composition stability using both historical records and the most recent data. Journal of Geochemical Exploration, v. 107, p. 382–390, 2010.
BONOTTO, D.M. – 222Rn, 220Rn and other dissolved gases in mineral waters of southeast Brazil. J. Environ. Radioact, v. 132, p.21 e 30, 2014. https://doi.org/10.1016/j.jenvrad.2014.01.005
CAETANO-CHANG, M.R. A Formação Piramboia no centro-leste do estado de São Paulo. Tese (Doutorado) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas – Rio Claro, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro, 1997.
CAGNON F. & HIRATA R. – Source of nitrate in the groundwa-ter
of Adamantina aquifer in Urânia, SP - Brazil. In:
INTERNATIONAL ASSOCIATION OF HYDROGEOLOGISTS, IAH CONGRESS, 33., 2004. [Proceedings…] ALHSUD, 7, Zaca-tecas, México, atas, CD. 2004.
CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Sistema de In-formações de Águas Subterrâneas - SIAGAS. Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: http://siagasweb.cprm.gov.br/layout/ . Acesso em: 23 out. 2019.
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Estudo de Águas Subterrâneas. Região Administrativa 6. Ribeirão Preto. São Paulo: DAEE, Volume 2. (Texto). 1974.
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA, UNESP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Mapa Geoló-gico do Estado de São Paulo (1:250.000). 1984.
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA. Banco de Dados Hidrológicos. São Paulo: DAEE, 2020. Dis-ponível em: http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/, 2020.
DAEE/IG/IPT/CPRM. Mapa de Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo. Escala 1:1.000.000. Nota explicativa. São Paulo. São Paulo: DAEE, 3 v. (mapa e CD-ROM). 2005.
FEITOSA, F.A.C; MANOEL FILHO, J. – Hidrogeologia: Concei-tos e Aplicações. 3. ed. Rio de Janeiro: CPRM/LABHID, 2008.
GARPELLI, L. N.; GASTMANS, D. Potencial Hidromineral dos Aquíferos do Estado de São Paulo 2020. https://doi.org/10.22456/1807-9806.109987
GASTMANS, D.; REIS, M.M.; CHAN, H.K. – Geotermometria das águas hipertermais do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Geociências, p. 208-225, 2012.
HEALY, R.W. Estimating Groundwater Recharge. 1. ed. Cam-bridge: Cambridge University Press. 2010. https://doi.org/10.1017/CBO9780511780745
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTI-CA. Estimativas da População Residente no Brasil e Unida-des da Federação com Data de Referência em 1º de julho de 2019.
IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Subsídios ao Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da área de afloramento do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo (Coordenação geral José Luiz Albuquerque Filho). São Paulo. 2011.
LYUBOMIROVA, V.; MIHAYLOVA, V.; DJINGOVA, R. – Chemical characterization of Bulgarian bottled mineral Waters. Journal of Food Composition and Analysis, 93, 103595, 2020. https://doi.org/10.1016/j.jfca.2020.103595
LOURENÇO, C.; RIBEIRO, L.; CRUZ, J. – Classification of natu-ral mineral and spring bottled waters of Portugal using Prin-cipal Component Analysis. Journal of Geochemical Explora-tion, v. 107, p. 362–372, 2010. https://doi.org/10.1016/j.gexplo.2010.08.001
MARANHÃO, R. J.L. Introdução a prospecção mineral. BNB/ETENE, Fortaleza, 3°. Ed., 1985.
MELFI A.J.; MISI A.; CAMPOS D.A.; CORDANI U.G. (orgs.). Recursos Minerais no Brasil: problemas e desafios. Academ-ia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, 2016.
MUELLER, D. K. & HELSEL, D.R. Nutrients in the Nation’s Wa
ters: too much of a good thing?: U.S. Geological Survey Cir-cular
Documento disponível em
http://water.usgs.gov/nawqa/circ-1136/circ-1136main.htm. 1996.
PAULA E SILVA, F., CHANG, H. K., CAETANO-CHANG, M. R., SINELLI, O. Arcabouço geológico e hidrofácies do Sistema Aquífero Guarani, no município de Ribeirão Preto (SP). Re-vista Brasileira de Geociências, v. 38, n. 1, p. 56-67, 2008. https://doi.org/10.25249/0375-7536.20083815667
PEATE, D. W.; HAWKESWORTH, C. J.; MANTOVANI, M. S. M. – Chemical stratigraphy of the Paraná lavas (South America): classification of magma types and their spatial distribution. Bulletin of Volcanology, v. 55, n. 1-2, p. 119-139, 1992. https://doi.org/10.1007/BF00301125
PEREIRA, R. M. Fundamentos de prospecção mineral. Rio de Janeiro: Interciência, 2003.
PNUD – PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESEN-VOLVIMENTO. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Brasileiro. – Brasília: PNUD, Ipea, FJP, 2013. 96 p.
QUEIROZ, E.T. Diagnóstico das águas minerais e potáveis de mesa do Brasil. Brasília, DF. Departamento Nacional de Produção Mineral, Diretoria de Fiscalização da Atividade Minerária, 2015.
REIS, M. M. Potencial hidrotermal das águas hipertermais do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo. Dis-sertação (Mestrado) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Rio Claro, 2001.
RODWAN JR., J. G. Bottled Water 2019: significant, but slow-er, growth for bottled water in 2018, in bottled water report-er. IBWA, International Bottled Water Association, 2019. Disponível em: https://www.bottledwater.org/. Acesso em: 11 nov. 2019.
SANTAROSA, L.; GASTMANS, D.; SITOLINI, T.P.; KIRCHHEIM, R.E.; BETANCUR, S.B.; OLIVEIRA, M.E.D.; CAMPOS, J.C.V.; MANZIONE, R.L. Assessment of Groundwater Recharge along the Guarani Aquifer System Outcrop Zone in São Paulo State (Brazil): an important tool towards integrated mana-gement, 2020. (Aceito no Environmental Earth Science Journa para publicação). https://doi.org/10.1007/s12665-021-09382-3
SANTOS, M. M.; CAETANO CHANG, M. R.; CHANG, H.K. – Análise do balanço hídrico climatológico do Sistema Aquífero Guarani, em sua área de afloramento no Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Climatologia, v. 10, p. 153-170, 2012. https://doi.org/10.5380/abclima.v10i1.30596
SCANLON, B.R.; HEALY, R.W.; COOK, P.G. Choosing appropri-ate techniques for quantifying groundwater recharge. Hydro-geology Journal, v. 10, p. 18–39. 2002.
https://doi.org/10.1007/s10040-001-0176-2
SILVA, R.B.G. da. Estudo Hidroquímico e isotópico do Aquífe-ro Botucatu no Estado de São Paulo, 1983. 133p. Tese (Dou-torado em Geologia) - Instituto de Geociências – Universida-de de São Paulo, São Paulo, 1983.
VIRGÍLIO CRUZ, J.; FREIRE, P.; COSTA, A. Mineral waters characterization in the Azores archipelago (Portugal). Journal of Volcanology and Geothermal Research, v. 190, p. 353–364, 2010. https://doi.org/10.1016/j.jvolgeores.2009.12.001