Distribuição espacial de isótopos estáveis (18O e 2H): vínculos entre precipitações, águas superficiais e subterrâneas, e a influência geomorfológica em uma planície mal drenada, Córdoba (Argentina)

Publicado
2025-05-27
DOI: https://doi.org/10.14295/ras.v39i1.30291
Palavras-chave: Aquífero, Isótopos, Planície, Isoscape, Geomorfologia Aquifer, Isotopes, Plain, Isoscape, Geomorphology Aquífero, Isótopos, Planície, Isoscape, Geomorfologia

    Autores

  • Miguel Pascuini Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba – Argentina
  • Adriana Cabrera Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba – Argentina
  • Monica Blarasin Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba – Argentina
  • Becher Quinodóz Fátima Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba – Argentina
  • Lutri Veronica Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba – Argentina
  • Matteoda Edel Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba – Argentina
  • Giacobone Daniela Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba – Argentina
  • Pramparo Santiago Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba – Argentina
  • Schroeter German Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba – Argentina

Resumo

O objetivo deste estudo é estabelecer as relações entre a distribuição espacial da composição isotópica das águas superficiais e subterrâneas com fatores geomorfológicos e a precipitação, usando técnicas isotópicas na área urbana e rural de Canals, localizada em um setor da Planície Pampeana, na província de Córdoba, Argentina. A drenagem na região é moderadamente impedida, com a presença de dunas e bacias de deflação com lagoas. O aquífero livre presente é composto de areias finas e muito finas. As interconexões hidráulicas foram avaliadas por metodologia hidrogeológica convencional e análise de isótopos estáveis de água (δ²H e δ¹⁸O). A hidrodinâmica e a geoquímica indicam que o aquífero tem fluxos de diferentes hierarquias, tanto locais quanto intermediários, vindos de montante. As relações hidráulicas, geoquímicas e isotópicas são influenciadas por fatores morfolitológicos, pela profundidade do lençol freático e pela atividade antropogênica (sistemas de saneamento no local, agricultura e pecuária intensivas, entre outros). Os resultados isotópicos sugerem água de origem local, com recarga principalmente durante as estações de verão e outono e, em menor escala, na primavera, bem como a chegada de fluxos de ordem superior de terras mais altas localizadas a oeste da localidade, fora da área de estudo. As dunas ocidentais (áreas mais altas) funcionam como zonas de recarga local das chuvas (recarga difusa), caracterizadas por águas mais frescas e isotopicamente mais depletadas, enquanto as bacias atuam como zonas de descarga para fluxos mais distantes (intermediários) e locais, geralmente com águas salobras e composições isotópicas mais enriquecidas devido à evaporação. O enriquecimento isotópico da água de superfície e de algumas amostras de água subterrânea, confirmado pela análise geoquímica, é uma evidência dos processos de evapoconcentração. No ambiente urbano, as variações na dinâmica, na geoquímica e na isotopia indicam a mistura da água do aquífero livre com a água importada de outra bacia, mais depletada isotopicamente, devido a vazamentos na rede de água potável.

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Como Citar
Pascuini, M., Cabrera, A., Blarasin, M., Fátima, B. Q., Veronica, L., Edel, M., … German, S. (2025). Distribuição espacial de isótopos estáveis (18O e 2H): vínculos entre precipitações, águas superficiais e subterrâneas, e a influência geomorfológica em uma planície mal drenada, Córdoba (Argentina). Águas Subterrâneas, 39(1), e30291. https://doi.org/10.14295/ras.v39i1.30291